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Povos e Comunidades

 

O Sudeste do Pará abriga uma rica diversidade de povos e comunidades tradicionais que ocupam a região há milhares de anos. Alguns dos mais antigos sítios arqueológicos da Amazônia, com mais de 11 mil anos, estão localizados exatamente nesta área, revelando a profundidade histórica de sua ocupação humana.

Hoje, vivem na região mais de 18 povos indígenas, somando cerca de 22 mil pessoas, distribuídas em territórios demarcados, em processo de demarcação ou em áreas urbanas.

A demarcação e proteção desses territórios são essenciais para garantir a segurança física, cultural e econômica desses povos. No Sudeste do Pará, existem 20 Terras Indígenas demarcadas, que juntas representam cerca de 18% do território regional. Devido às suas formas de uso e manejo, essas terras estão entre as áreas menos desmatadas de toda a Amazônia, desempenhando um papel fundamental na conservação ambiental.

Apesar disso, mesmo os territórios reconhecidos sofrem constantes ameaças, como invasões de caçadores, garimpeiros e madeireiros, além dos impactos trazidos por rodovias, ferrovias, hidrelétricas, barragens, projetos de mineração, desmatamento, incêndios florestais e poluição — todos afetando diretamente o meio ambiente e as populações que ali vivem.

Com o avanço da sociedade nacional e a chegada de migrações internas, novos grupos tradicionais também passaram a compor a região, enriquecendo ainda mais sua diversidade sociocultural. Esses povos e comunidades tradicionais se caracterizam por serem culturalmente diferenciados, possuírem formas próprias de organização social, e utilizarem o território e seus recursos como base para sua reprodução cultural, social, econômica, religiosa e ancestral, conforme definido pela Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (Brasil, 2007).

 

No Sudeste do Pará, convivem comunidades quilombolas, ribeirinhas e pescadoras, pequenos agricultores, grupos ciganos, povos de terreiro, quebradeiras de coco babaçu, andirobeiras, folheiros de jaborandi, castanheiros e seringueiros, entre outras expressões da sociobiodiversidade da região.

 

É dever do Estado reconhecer e respeitar essa diversidade étnica e cultural, garantindo a proteção dos territórios e dos recursos naturais indispensáveis à sobrevivência física e cultural desses povos e comunidades tradicionais.

Conheça os povos e comunidades do Sudeste do Pará

Documentos participativos sobre direitos dos povos e comunidades

  • Planos de Gestão Territorial (link)

  • Projeto Político Pedagógico (link)

  • Planos de vida (link)

  • Protocolos de consulta Prévia (link)

  • bases de dados (link)

  • mapeamentos participativos (link)

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